terça-feira, 21 de abril de 2009

POLÍTICAS PÚBLICAS!

Refletindo LEIS:

Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008 que dispõe sobre o atendimento educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e acrescenta dispositivo ao Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007.

Sobre o Caput do Art. 1o, onde está o apoio técnico em nossas escolas? Pelos relatos dos colegas no fórum da interdisciplina e por experiência em minha escola, temos apenas a boa vontade dos profissionais na educação destes estabelecimentos.

Nossos anseios são sobre a falta de preparo para recebermos alunos portadores com necessidades especiais em nossas turmas regulares de ensino. É simplesmente perfeita a redação que coloca o seguinte:

Art. 3o O Ministério da Educação prestará apoio técnico e financeiro às seguintes ações voltadas à oferta do atendimento educacional especializado, entre outras que atendam aos objetivos previstos neste Decreto:

II - formação continuada de professores para o atendimento educacional especializado;

III - formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educação inclusiva;

Onde está a participação de nossas mantenedoras no cumprimento de um Decreto que regulamenta a Lei? Pelo que pude ler do referido documento este era para entrar em vigor na data de sua publicação.

As leis em nosso país são morosas, principalmente no que se refere à educação. Somos privilegiados com esta interdisciplina, pois estamos estudando e com certeza faremos a divulgação dos direitos de nossos colegas, educadores, das escolas, enfim de toda a comunidade escolar. Acredito que a informação que estamos recebendo já seja um grande passo para levarmos às escolas as reflexões sobre esta questão.

Vamos esperar por repasses até 2010 e no presente ficamos a mercê de torcer para que nenhum de nossos alunos com necessidades especiais precisem de recursos mais especializados que envolvam a questão financeira que ainda está por vir.

Entretanto até que consigamos multiplicar nossas aprendizagens e anseios dependemos apenas da boa vontade, que pelo que já percebi nos relatos de todos até o momento tem muita.

E como ficamos até que nossas mantenedoras resolvam aplicar a Lei?

APRENDIZAGEM!

UMA NOVA VISÃO DE ENSINAR E APRENDERNeste início de ano letivo, na escola em que trabalho a noite, necessitei de utilizar alguns conhecimentos que obtive no curso do PEAD nos semestres anteriores. Fiquei então a refletir sobre o porquê de nos semestres anteriores aqueles conhecimentos para mim foram tão difíceis e no momento em que necessitei optei por engajar em meu planejamento de aula. Minhas aulas são com uma turma de EJA, Etapa III, com a área de ciências e matemática. Depois de conhecer um pouco a turma percebi que a mesma possui muitas dificuldades, em leitura, interpretação, produção textual e no básico da matemática, que são os números e suas quantidades.
Ao realizar o planejamento para tentar sanar as dificuldades dos alunos logo pensei em levar as propostas de aula das Interdisciplinas de Representação do Mundo Pelas Ciências Naturais e Representação do Mundo Pela Matemática. No ano anterior eu tentei aplicar com os alunos que dava aulas na mesma etapa e mesma área, mas não consegui, não alcancei os resultados esperados. Minha aprendizagem foi à mudança de prática, com aplicação da teoria estudada. Hoje tenho uma maior facilidade em levar atividades diferentes para os alunos, de forma que as ações entre mim e eles sejam consideradas conjuntas, o processo é mais dialogado e ao problematizar chegamos juntos a construção do conhecimento.
Com os conhecimentos adquiridos nas aulas do PEAD, pude ter uma maior segurança e perceber que minha “práxis” está estruturada de uma forma que é mais gratificante para mim e meus alunos.
Aprender a ensinar seria meu conhecimento novo, ou seja, refiz minha maneira de pensar sobre como dar aulas.
A sala de aula e o convívio com os alunos fizeram-se presentes para que buscasse alternativas para que ocorresse aprendizagem.
Durante o planejamento que realizei para levar aos alunos busquei nas aulas mencionadas acima o material necessário e procurei adaptar a realidade de meus alunos.
A ação principal para que minha prática mudasse foi o conflito em que fiquei ao perceber as peculiaridades dos alunos, suas dificuldades, sua vontade de aprender e minha vontade de ensinar.
Quando me deparei com quase quarenta alunos que em sua maioria necessitavam de alguém que realmente mediasse à aprendizagem, comecei a refletir profundamente, era necessário oferecer realmente aulas com qualidade. Senti que minhas aulas nos anos anteriores eram boas, mas que com os conhecimentos construídos nas aulas do PEAD poderiam ser bem melhores.
Quanto aos conhecimentos prévios para que minha prática se modificasse é importante ressaltar que só foi possível com a teoria que antes não tinha.
Como aluna universitária do PEAD tenho o privilégio de operar mudanças significativas em minha vida, nos aspectos pessoais e profissionais. Hoje posso dizer que tenho um pouco mais de qualidade em meu trabalho e que aprendo muito mais do que ensino, mas também ensino de uma forma mais dialogada e eficaz.
Creio que as palavras de Becker expressam o início de mudança em minha prática docente:
"O professor construirá, a cada dia, a sua docência dinamizando seu processo de aprender. Os alunos construirão, a cada dia, a sua discência, ensinando, aos colegas e ao professor, novas coisas. Mas, o que avança mesmo nesse processo é a condição prévia de todo aprender ou de todo conhecimento, isto é, a capacidade construída de, por um lado, apropriar-se criticamente da realidade física e/ou social e, por outro, de construir sempre mais e novos conhecimentos. (FERNANDO BECKER, Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos)"

sexta-feira, 17 de abril de 2009

MOSAICO DA DIVERSIDADE!



ATIVIDADE REALIZADA EM:
INTERDISCIPLINA: QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA
- EIXO VI - 2009
Professor: Fernando Seffner
Aluno: Maria Pinto Bitelle
marbitpi@gmail.com
UFRGS

sexta-feira, 10 de abril de 2009

DOSSIÊ DE INCLUSÃO!

Este semestre a atividade que até o momento está me chamanado mais a atenção é a construção do Dossiê de Inclusão.
Esta atividade está sendo realizada para a Interdisciplina de EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS.
Em meu Dossiê coloco minhas ansiedades e novas aprendizagens que são muitas!
Confiram!
DOSSIÊ DE MARIA PINTO BITELLE

EU, MINHA ANCESTRALIDADE!



MARIA PINTO BITELLE
Esta sou eu, com 44 anos no pátio da escola que trabalho. Sou branca, olhos e cabelos castanhos escuros. Nasci no Brasil, estado do Rio Grande do Sul, município de Gravataí. Na foto estou com os cabelos lisos, mas eles não são assim, ficaram depois de algumas horas no salão de beleza, a dita vaidade humana, meus cabelos são ondulados. Estou um pouco gordinha, depois das férias.
Como muitos brasileiros têm por descendência familiar uma mistura de raças. Pela parte paterna, negros, portugueses e italianos. Pela parte materna meu avô era negro e minha avó de origem portuguesa.
Minha família e meus colegas me vêem como uma pessoa simpática, bonita e bem humorada. Alguns também falam que sou muito exigentes, principalmente meus filhos, comigo mesma, que deveria ter mais horas de lazer. Na foto, faltaram apenas os óculos, pois notaram que eu não o tiro para nada, só no banho e para dormir.
Então aqui estou, eu estudando em casa, bem pensativa, são muitas leituras, e com minha marca registrada, os óculos.

RELATO DE UMA AULA!

DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II
- EIXO VI - 2009

Professora: SIMONE BICCA CHARCZUK
Aluno: Maria Pinto Bitelle
marbitpi@gmail.com
Data: 05|04|2009
AÇÃO
Trabalho com uma turma de EJA, etapa III, que corresponde à quinta série do ensino fundamental de oito anos com a área do conhecimento de ciências matemática.
Como os alunos desta turma está há muitos anos sem estudar e morrem de medo da matemática levei uma atividade que tinha o objetivo de colocar para os alunos que os números fazem parte de nosso cotidiano. Para a atividade os alunos foram divididos em grupos. Foi lançado para os grupos refletirem:
OS NÚMEROS EM NOSSA VIDA
• Onde há números em nossa vida?
• Para que vocês os usam?
Após o debate em grupo os alunos deveriam confeccionar cartazes com suas respostas.
Durante a realização da atividade os alunos usaram revistas para auxiliar nas respostas e notei que eles me chamavam nos grupos para colocar que utilizavam os números até nos textos. Um grupo colocou, quando me chamaram, que números não são só para as “continhas” .As poucos meus alunos foram chegando a conclusões muito importantes para eles mesmo, que os números na matemática fazem parte de nosso cotidiano.
No final da aula, após a apresentação dos grupos para o grande grupo, a turma chegou às conclusões:
Se os números fazem parte de nossa vida, a matemática é parte também e por isso é fácil.
Acredito que quando coloquei as questões para os alunos discutirem em grupos e quando eles começaram a pesquisar nas revistas para colocar em seus cartazes, os alunos interagiram com o material o que proporcionou ações deles com o meio. E no momento que chegavam as conclusões, era ações dos sujeitos sobre eles mesmo, trocando desta maneira a visão de que os números, que em grande parte representam a matemática, estão no nosso dia a dia tornando_se assim mais fácil para aprender. Reestruturando desta forma os preconceitos que os alunos tinham sobre o estudo da matemática.

ESTA ATIVIDADE ME PROPORCIONOU DEMONSTRAR QUE AS TEORIAS ESTUDADAS NO PEAD, PODEM SER APLICADAS NA PRÁTICA, DURANTE AS AULAS COM NOSSOS ALUNOS.