sábado, 26 de junho de 2010

SAUDADES!

No dia 24 de maio de 2010 sofri uma queda na escola e quebrei o pulso da mão direita. No momento em que distribuía folhas tropecei no pé de um aluno e sofri a queda. Os alunos me surpreenderam, pois sem que precisasse pedir buscaram ajuda da direção da escola e ao mesmo tempo tentaram me levantar do chão. Este acidente me deixou fora da Escola por 30 dias e como conseqüência pausei o estágio curricular.
Retornei ontem, dia 25 de junho de 2010, para a Escola e também para o estágio. Tive uma longa conversa com os meus alunos, eles estavam apresentando problemas de indisciplina no período em que estive ausente. Agora retornando as atividades penso em como o relacionamento afetivo é importante para os alunos. Eles sentiram falta do diálogo e compreensão existente entre nós.

Freire nos coloca:
“Sendo fundamento do diálogo, o amor é, também, diálogo. Daí que seja essencialmente tarefa de sujeitos e que não possa verificar-se na relação de dominação. Nesta, o que há é patologia de amor: sadismo em quem domina; masoquismo nos dominados. Amor, não. Porque é um ato de coragem, nunca de medo, o amor é compromisso dos homens. Onde quer que estejam estes, oprimidos, o ato de amor está em comprometer se com sua causa. A causa de sua libertação. Mas, este compromisso, porque é amoroso, é dialógico.”

Com estas constatações me lembrei de umas reflexões que coloquei em meu WIKI de Estágio:
“Nossas conversas em sala de aula, a liberdade de expressão estão proporcionando aos alunos uma maior proximidade comigo. Em aulas “livres” como desta semana pude intervir em diversos conflitos e acredito que conversar está resolvendo, pois observei mudanças de atitudes e estas dadas devidamente pela minha mudança também de atitude, agora menos dominadora, pois tinha medo de perder o “domínio dos alunos”.
As frases que os alunos falam no dia a dia como, por exemplo: “_ Que aula boa? __Que pena que aula está no fim? __ Vamos fazer as petecas “Sora”. __Eu que sei mexer em computador, deixa que eu ajude ela.__Ta bom, eu não faço mais isso. __Desculpa viu.” São evidências da mudança de atitudes dos alunos e sua professora que agora educa um pouco mais, como nos coloca Freire, pelo diálogo, pelo amor, sem mais medo e agora com maior determinação e coragem.” (BITELLE, Abril de 2010)