Nossa escola se encontra no caminho da inclusão digital, mesmo que apenas os primeiros passos tenham sido dados. A tecnologia é uma perspectiva de educar alunos em uma comunidade com extremas dificuldades sócio-econômicas. Não podemos deixá-los a margem deste novo mundo cheio de aparatos e novidades tecnológicas. Desta forma não estaremos após o término desta pesquisa fazendo Logoff e sim reiniciando em um novo olhar, este com uma visão do presente, e pressupondo um futuro com melhores condições para os atores principais deste processo que são os alunos.
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segunda-feira, 29 de novembro de 2010
MINHAS CONCLUSÕES PESSOAIS DO TCC!
POSTAGEM REFERENTE AO PERÍODO DE 22 A 28 DE NOVEMBRO:
A conclusão pessoal a que cheguei com este estudo é de que nós professores somos eternos pesquisadores. São os alunos nossa motivação e vê-los progredir individual e coletivamente nas realizações das atividades é muito interessante e nos impulsiona a pesquisar mais e a cada dia tentar levar algo diferente em nosso planejamento.
ALUNOS DA TURMA 56 NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA-
A conclusão pessoal a que cheguei com este estudo é de que nós professores somos eternos pesquisadores. São os alunos nossa motivação e vê-los progredir individual e coletivamente nas realizações das atividades é muito interessante e nos impulsiona a pesquisar mais e a cada dia tentar levar algo diferente em nosso planejamento.
ALUNOS DA TURMA 56 NO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA DA ESCOLA-
TRANSFORMAÇÕES NA ESCOLA NOVA CONQUISTA!
RECUPERANDO POSTAGEM DE 13 A 19 DE SETEMBRO:
E OS PROFESSORES?
Nas transformações por que a escola passa o papel do professor seria de estar sensível a estas e modificar suas formas de ensinar. É possível dizer que o mundo muda muito rápido, mas a escola modifica lentamente. Estes avanços, os da escola, estão ligados aos docentes que nela atuam.
Quando nos indagamos sobre o papel do educador, tem-se a visão de educação e aprendizagem, onde o professor aprendeu em seus bancos acadêmicos para ensinar. É suposto que as escolas pelo qual passam nossos educadores estão no mesmo impasse em que a que estes passaram a atuar, ou seja, ainda não preparados para esta inclusão na era digital. A partir da pesquisa de meu TCC com os professores da minha escola, constatei que os mesmos não estão preparados ou não se sentem habilitados para incluir em suas aulas as novas tecnologias. Compreendi que o mundo tecnológico está muito distante para alguns professores, até mesmo no que diz respeito às suas vidas pessoais, confirmando que a formação que estes receberam para serem professores não foi adequada ou precisa ser atualizada.
Como pesquisadora participante, acredito ter tido um papel de motivadora no uso do laboratório de informática e sua integração ao currículo escolar. Penso que integrar tecnologia, nas instituições escolares, seja uma maneira diferente de construir conhecimento. Vejo por parte dos educadores de minha escola uma grande intenção em apropriação das novas tecnologias. Isto se pode perceber a partir do momento em que resolveram adquirir um projetor multimídia, mesmo sem saber utilizá-lo. Sei que não é fácil mudar nossos paradigmas de ensino, principalmente porque ensinando com as novas tecnologias, somos aprendizes junto com os alunos. Eu mesma só comecei a mudar quando iniciei o curso no PEAD. Não espero que meus colegas mudem de uma hora para outra, mas a intensidade de interesse em aprender deles é muito forte e acredito ser possível.
E OS PROFESSORES?
Nas transformações por que a escola passa o papel do professor seria de estar sensível a estas e modificar suas formas de ensinar. É possível dizer que o mundo muda muito rápido, mas a escola modifica lentamente. Estes avanços, os da escola, estão ligados aos docentes que nela atuam.
Quando nos indagamos sobre o papel do educador, tem-se a visão de educação e aprendizagem, onde o professor aprendeu em seus bancos acadêmicos para ensinar. É suposto que as escolas pelo qual passam nossos educadores estão no mesmo impasse em que a que estes passaram a atuar, ou seja, ainda não preparados para esta inclusão na era digital. A partir da pesquisa de meu TCC com os professores da minha escola, constatei que os mesmos não estão preparados ou não se sentem habilitados para incluir em suas aulas as novas tecnologias. Compreendi que o mundo tecnológico está muito distante para alguns professores, até mesmo no que diz respeito às suas vidas pessoais, confirmando que a formação que estes receberam para serem professores não foi adequada ou precisa ser atualizada.
Como pesquisadora participante, acredito ter tido um papel de motivadora no uso do laboratório de informática e sua integração ao currículo escolar. Penso que integrar tecnologia, nas instituições escolares, seja uma maneira diferente de construir conhecimento. Vejo por parte dos educadores de minha escola uma grande intenção em apropriação das novas tecnologias. Isto se pode perceber a partir do momento em que resolveram adquirir um projetor multimídia, mesmo sem saber utilizá-lo. Sei que não é fácil mudar nossos paradigmas de ensino, principalmente porque ensinando com as novas tecnologias, somos aprendizes junto com os alunos. Eu mesma só comecei a mudar quando iniciei o curso no PEAD. Não espero que meus colegas mudem de uma hora para outra, mas a intensidade de interesse em aprender deles é muito forte e acredito ser possível.
4 URGENTE: AJUDA E SUPORTE NA ANÁLISE DE NOSSAS AÇÕES!
Recuperando postagem da Semana de 30 a 05 de maio:
Para responder a questão que norteou meu TCC: “Quais os efeitos do uso de Tecnologia em uma escola municipal da região metropolitana de Porto Alegre?” me debrucei em minhas anotações e a colocação da frase em meu TCC : URGENTE: AJUDA E SUPORTE NA ANÁLISE DE NOSSAS AÇÕES, é a reflexão dos dados coletados em minhas observações e questionários desta pesquisa.
TURMA 56 - MEUS ALUNOS
Os alunos da escola demonstram estarem preparados para um ensino diferente onde ao apropriarem-se destas novas maneiras de aprender irão modificar a realidade em que vivem, com capacidade de análise e crítica frente ao mundo tecnológico. Neste estudo os alunos fizeram o papel de co-pesquisadores participando ativamente da inclusão da escola na era digital. Durante este tempo, confesso mais aprender do que ensinar, pois na realidade fui mediadora de aprendizagem, e esta se deu de forma compartilhada.
É importante ressaltar que estimulando a curiosidade de meus alunos, motivando-os com aulas diferentes, novas formas de ensinar e aprender foram sendo constituídas. Uma aprendizagem que obtive foi que para trabalhar em novos ambientes, como o LI da escola, é necessário modificar a maneira da disposição dos alunos em aula. Na maioria das aulas, eles ficavam sentadinhos um atrás do outro, bonitinhos e enfileiradinhos. Eu sabia que isto não estava muito certo, mas faltava coragem de mudar e ficava pensando: e se minha turma ficar indisciplinada, o que vou fazer? Comecei a mudar aos poucos. A cada dia, há uma nova maneira de colocar os alunos para trabalhar. Em duplas, em trios, em círculo, no pátio, nos arredores da escola, caminhando lado a lado, na sala de aula em pé, quando necessário para os trabalhos. Hoje fico sem medo e à vontade, pois percebi o crescimento na aprendizagem e a boa convivência dos alunos uns com os outros e comigo.
Os pioneiros na navegação virtual na escola, turma 56, me trouxeram um grande aprendizado e aprenderam muito também. Pelas colocações em aula e pelas respostas que colocaram nos questionários, foram além de lidar com a ferramenta, compartilharam com o grupo dúvidas e experiências, como no momento em que ensinavam uns aos outros, ou quando colocaram que sua aprendizagem na leitura, escrita e matemática melhoraram.
Para responder a questão que norteou meu TCC: “Quais os efeitos do uso de Tecnologia em uma escola municipal da região metropolitana de Porto Alegre?” me debrucei em minhas anotações e a colocação da frase em meu TCC : URGENTE: AJUDA E SUPORTE NA ANÁLISE DE NOSSAS AÇÕES, é a reflexão dos dados coletados em minhas observações e questionários desta pesquisa.
TURMA 56 - MEUS ALUNOS
Os alunos da escola demonstram estarem preparados para um ensino diferente onde ao apropriarem-se destas novas maneiras de aprender irão modificar a realidade em que vivem, com capacidade de análise e crítica frente ao mundo tecnológico. Neste estudo os alunos fizeram o papel de co-pesquisadores participando ativamente da inclusão da escola na era digital. Durante este tempo, confesso mais aprender do que ensinar, pois na realidade fui mediadora de aprendizagem, e esta se deu de forma compartilhada.
É importante ressaltar que estimulando a curiosidade de meus alunos, motivando-os com aulas diferentes, novas formas de ensinar e aprender foram sendo constituídas. Uma aprendizagem que obtive foi que para trabalhar em novos ambientes, como o LI da escola, é necessário modificar a maneira da disposição dos alunos em aula. Na maioria das aulas, eles ficavam sentadinhos um atrás do outro, bonitinhos e enfileiradinhos. Eu sabia que isto não estava muito certo, mas faltava coragem de mudar e ficava pensando: e se minha turma ficar indisciplinada, o que vou fazer? Comecei a mudar aos poucos. A cada dia, há uma nova maneira de colocar os alunos para trabalhar. Em duplas, em trios, em círculo, no pátio, nos arredores da escola, caminhando lado a lado, na sala de aula em pé, quando necessário para os trabalhos. Hoje fico sem medo e à vontade, pois percebi o crescimento na aprendizagem e a boa convivência dos alunos uns com os outros e comigo.
Os pioneiros na navegação virtual na escola, turma 56, me trouxeram um grande aprendizado e aprenderam muito também. Pelas colocações em aula e pelas respostas que colocaram nos questionários, foram além de lidar com a ferramenta, compartilharam com o grupo dúvidas e experiências, como no momento em que ensinavam uns aos outros, ou quando colocaram que sua aprendizagem na leitura, escrita e matemática melhoraram.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
A TECNOLOGIA COMO CALMANTE DOS EDUCANDOS?
Durante meu estágio curricular, mesmo depois dele e até hoje a vida em minha Escola sofreu transformações que valem a pena de serem relatadas. Os meus colegas professores começaram a pedir que desse umas dicas de tecnologias, no mês de maio incentivei a alguns deles a realizarem um curso oferecido pela secretaria de educação de nosso município, eram vários cursos, mas os colegas se inscreveram no curso básico de informática na educação, neste mesmo período para demonstrar junto aos colegas meu interesse em aprimorar nossos conhecimentos e que mesmo estando adaptada a uma vida virtual, também realizei o módulo do curso de Elaboração de Projetos. Também neste mês criamos o BLOG da Escola, que hoje se encontra parado, notei que foi só empolgação por parte dos colegas momentaneamente.
No turno da noite atuo com turmas da EJA, Etapa III, que corresponde a 5ª série do ensino de oito anos. Na EJA os alunos têm aulas por áreas do conhecimento e a minha é a Área de Linguagem (Língua Portuguesa, Literatura e Inglês) constantemente levo os alunos ao Laboratório de Informática da Escola. Observo que quando os colegas olham nosso movimento da sala de aula para este espaço, logo tem alguém necessitando de um livro ou outro material. Na realidade percebo pelas perguntas do tipo: --Maria, como tu faz isto, parece que tu deste calmante para os alunos? Que é mais curiosidade sobre o porquê desta turma tão agitada estar concentrada.
Esta pergunta vem de encontro à personalidade dos alunos da turma que tenho a noite. São alunos em sua maioria adolescentes, entre 15 e 17 anos, que foram excluídos do ensino diurno por estarem apresentando problemas de disciplina e aprendizagem, pois segundo o que ouvi passaram do nível de maturidade dos alunos da 5ª série do dia. Claro que nem todas as aulas utilizaram o LI, mas na maioria delas sim e mesmo na sala de aula não encontro problemas de disciplina com os alunos.
Observo que os alunos trabalhando em grupos se auxiliam, temos na aula monitores que me ajudam a ensinar o acesso à ferramenta e a internet, que para nós este semestre está sendo uma novidade. Já trabalhamos com ferramenta de busca para pesquisa do tema Pátria. Já editamos texto no editor próprio do programa dos computadores. Com os alunos trabalhando em grupos maiores pelas poucas máquinas percebo que eles realizam mais combinados para que ninguém fique prejudicado, no tempo, no uso.
No turno da noite estou iniciando um trabalho junto a uma colega, em uma de minhas noites livres, professora da turma de Alfabetização de Adultos. Ela não tem experiência e pediu que realizasse um projeto de alfabetização digital de sua turma e dela. Acredito que estas pequenas ações estão fazendo parte de minha intenção de inclusão da Escola nas tecnologias.
Outra experiência que farei o relato e possui um significado importante é que neste momento, na Escola estamos enfrentando um problema de violência muito grande. Os alunos do turno da manhã, principalmente os de 5ª série do ensino fundamental de oito anos, reúnem-se em grupos, que eles chamam de “gangue” e cometem atos de bullying,o que ocasionou motivo de conversas entre o grupo docente.
Outro grave problema é que estes alunos são oriundos em sua maioria de famílias onde a drogatização é muito presente e este fato está chegando à escola. Foi chamado um grupo de a Brigada Militar para que conversasse com um grupo específico de alunos e em sua palestra pudesse orientar melhor os alunos.
No turno da manhã trabalho como bibliotecária e até pouco tempo estava substituindo a professora de inglês, que estava vago em nosso quadro. Como tenho um bom relacionamento com os alunos, fui chamada para esta reunião e convidada a realizar um trabalho de prevenção ao bullying e as drogas. São 15 alunos, todos meninos.
Em minha turma de estágio curricular passei por situações parecidas com as que estes alunos enfrentam. Vejo que como sou apenas eu trabalhando com projetos com meus alunos, consigo resolver ou amenizar muitos. Já ouvi muitas colocações como, por exemplo:- -- Como tu estas conseguindo estes milagres com o aluno X ou Y? Não são milagres, é um trabalho de amor e respeito mútuo que tenho com meus alunos. É uma prática voltada para a realidade deles e com a participação efetiva deles. Nas turmas de 5ª serie no qual estes alunos estão eles tem seis professores diferentes e acredito estarem perdidos.
Iniciei uma então uma caminhada com estes alunos. Foram quatro dias por semana e duas horas por dia no mês de setembro. Para “acalmar” esta turma utilizei o que mais chamou atenção deles na biblioteca que foram os computadores. Iniciamos com uma pesquisa teórica em ferramentas de busca sobre bullying. Todo material encontrado era anotado pelos alunos que trabalharam em grupos de cinco alunos.
Depois da pesquisa teórica resolvemos fazer um Teatro sobre bullying. Como parte do teatro os alunos fizeram alusão a uma aula onde o professor explicava aos alunos sobre o tema. No lugar do quadro nosso recurso foi o projetor multimídia, onde apresentamos slides. Os alunos não sabiam como fazer slides então ensinei. Notei que aprendem de forma rápida. Em nossos slides apareceram muitas imagens, algumas pesquisadas na ferramenta de busca na internet e outras foram fotos que tiramos com a máquina digital da Escola. As imagens com a máquina digital foi um novo aprendizado, pois tive que ensinar a colocar as fotos no computador e ajustar as imagens. As análises da falas dos alunos serão colocadas no sub-capítulo 4.2.
Como “calmante dos educandos” a tecnologia foi muito eficaz. Obteve também uma grande relevância para desacomodar meus colegas educadores, mas como nos coloca Moran:
Podemos modificar a forma de ensinar e de aprender. Um ensinar mais compartilhado. Orientado, coordenado pelo professor, mas com profunda participação dos alunos, individual e grupalmente, onde as tecnologias nos ajudarão muito, principalmente as telemáticas. (Moran, 1999)
É desta forma que vejo quando inovo em todos os meus turnos de trabalho, que é demonstrando um fazer diferenciado aos meus colegas que iremos ajudar nossos alunos em uma aprendizagem mais libertadora. Esta não seria possível sem as palavras que escuto dos alunos, como por exemplo: ___Professora Maria, porque só teus alunos tem aula de informática? Costumo responder que o LI é para todos e já vieram colegas me falarem que eles gostariam ter aulas neste espaço, como é o caso da turma de Alfabetização que já está iniciando um trabalho incentivado pela vontade dos alunos.
Surge a questão norteadora a ser respondida: “Quais os efeitos do uso de Tecnologia em uma escola da periferia de Gravataí?” Para tal façanha apresento a seguir a metodologia adotada nesta pesquisa.
No turno da noite atuo com turmas da EJA, Etapa III, que corresponde a 5ª série do ensino de oito anos. Na EJA os alunos têm aulas por áreas do conhecimento e a minha é a Área de Linguagem (Língua Portuguesa, Literatura e Inglês) constantemente levo os alunos ao Laboratório de Informática da Escola. Observo que quando os colegas olham nosso movimento da sala de aula para este espaço, logo tem alguém necessitando de um livro ou outro material. Na realidade percebo pelas perguntas do tipo: --Maria, como tu faz isto, parece que tu deste calmante para os alunos? Que é mais curiosidade sobre o porquê desta turma tão agitada estar concentrada.
Esta pergunta vem de encontro à personalidade dos alunos da turma que tenho a noite. São alunos em sua maioria adolescentes, entre 15 e 17 anos, que foram excluídos do ensino diurno por estarem apresentando problemas de disciplina e aprendizagem, pois segundo o que ouvi passaram do nível de maturidade dos alunos da 5ª série do dia. Claro que nem todas as aulas utilizaram o LI, mas na maioria delas sim e mesmo na sala de aula não encontro problemas de disciplina com os alunos.
Observo que os alunos trabalhando em grupos se auxiliam, temos na aula monitores que me ajudam a ensinar o acesso à ferramenta e a internet, que para nós este semestre está sendo uma novidade. Já trabalhamos com ferramenta de busca para pesquisa do tema Pátria. Já editamos texto no editor próprio do programa dos computadores. Com os alunos trabalhando em grupos maiores pelas poucas máquinas percebo que eles realizam mais combinados para que ninguém fique prejudicado, no tempo, no uso.
No turno da noite estou iniciando um trabalho junto a uma colega, em uma de minhas noites livres, professora da turma de Alfabetização de Adultos. Ela não tem experiência e pediu que realizasse um projeto de alfabetização digital de sua turma e dela. Acredito que estas pequenas ações estão fazendo parte de minha intenção de inclusão da Escola nas tecnologias.
Outra experiência que farei o relato e possui um significado importante é que neste momento, na Escola estamos enfrentando um problema de violência muito grande. Os alunos do turno da manhã, principalmente os de 5ª série do ensino fundamental de oito anos, reúnem-se em grupos, que eles chamam de “gangue” e cometem atos de bullying,o que ocasionou motivo de conversas entre o grupo docente.
Outro grave problema é que estes alunos são oriundos em sua maioria de famílias onde a drogatização é muito presente e este fato está chegando à escola. Foi chamado um grupo de a Brigada Militar para que conversasse com um grupo específico de alunos e em sua palestra pudesse orientar melhor os alunos.
No turno da manhã trabalho como bibliotecária e até pouco tempo estava substituindo a professora de inglês, que estava vago em nosso quadro. Como tenho um bom relacionamento com os alunos, fui chamada para esta reunião e convidada a realizar um trabalho de prevenção ao bullying e as drogas. São 15 alunos, todos meninos.
Em minha turma de estágio curricular passei por situações parecidas com as que estes alunos enfrentam. Vejo que como sou apenas eu trabalhando com projetos com meus alunos, consigo resolver ou amenizar muitos. Já ouvi muitas colocações como, por exemplo:- -- Como tu estas conseguindo estes milagres com o aluno X ou Y? Não são milagres, é um trabalho de amor e respeito mútuo que tenho com meus alunos. É uma prática voltada para a realidade deles e com a participação efetiva deles. Nas turmas de 5ª serie no qual estes alunos estão eles tem seis professores diferentes e acredito estarem perdidos.
Iniciei uma então uma caminhada com estes alunos. Foram quatro dias por semana e duas horas por dia no mês de setembro. Para “acalmar” esta turma utilizei o que mais chamou atenção deles na biblioteca que foram os computadores. Iniciamos com uma pesquisa teórica em ferramentas de busca sobre bullying. Todo material encontrado era anotado pelos alunos que trabalharam em grupos de cinco alunos.
Depois da pesquisa teórica resolvemos fazer um Teatro sobre bullying. Como parte do teatro os alunos fizeram alusão a uma aula onde o professor explicava aos alunos sobre o tema. No lugar do quadro nosso recurso foi o projetor multimídia, onde apresentamos slides. Os alunos não sabiam como fazer slides então ensinei. Notei que aprendem de forma rápida. Em nossos slides apareceram muitas imagens, algumas pesquisadas na ferramenta de busca na internet e outras foram fotos que tiramos com a máquina digital da Escola. As imagens com a máquina digital foi um novo aprendizado, pois tive que ensinar a colocar as fotos no computador e ajustar as imagens. As análises da falas dos alunos serão colocadas no sub-capítulo 4.2.
Como “calmante dos educandos” a tecnologia foi muito eficaz. Obteve também uma grande relevância para desacomodar meus colegas educadores, mas como nos coloca Moran:
Podemos modificar a forma de ensinar e de aprender. Um ensinar mais compartilhado. Orientado, coordenado pelo professor, mas com profunda participação dos alunos, individual e grupalmente, onde as tecnologias nos ajudarão muito, principalmente as telemáticas. (Moran, 1999)
É desta forma que vejo quando inovo em todos os meus turnos de trabalho, que é demonstrando um fazer diferenciado aos meus colegas que iremos ajudar nossos alunos em uma aprendizagem mais libertadora. Esta não seria possível sem as palavras que escuto dos alunos, como por exemplo: ___Professora Maria, porque só teus alunos tem aula de informática? Costumo responder que o LI é para todos e já vieram colegas me falarem que eles gostariam ter aulas neste espaço, como é o caso da turma de Alfabetização que já está iniciando um trabalho incentivado pela vontade dos alunos.
Surge a questão norteadora a ser respondida: “Quais os efeitos do uso de Tecnologia em uma escola da periferia de Gravataí?” Para tal façanha apresento a seguir a metodologia adotada nesta pesquisa.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
METODOLOGIA DO TCC!
Para escrever meu Trabalho de Conclusão de Curso tive que ler muito sobre metodologias, pois a prática da Pesquisa de cunho qualitativo e participante já tinha. Depois de muitas leituras descobri que como educadores somos sempre pesquisadores e que nossas ações, por mais que seja, nossas estão embasadas por uma teoria.
Algumas questões sobre a metodologia que aprendi a parte teórica:
Acredito que depois destes momentos vivenciados no estágio de forma tão prazerosa tenha sido o início da vontade de pesquisar sobre este assunto. Comecei então a realizar observações em minhas aulas, em conversas com outros alunos da Escola, e nas falas de meus colegas quando estes se referiam ao tema. Iniciei então anotações sobre tudo que ouvia. Estava vendo as mudanças que minha prática de estágio causava na escola.
Iniciou se um caminho de uma pesquisa participante que segundo Demo (2000, p.21), esta “é ligada à práxis, ou seja, á prática histórica em termos de usar conhecimento científico para fins explícitos de intervenção; nesse sentido, não esconde sua ideologia, sem com isso necessariamente perder de vista o rigor metodológico”. Desta forma pude observar e ao mesmo tempo intervir na realidade circundante e assim provocar situações de mudanças, pois meu objetivo de estágio, de incluir meus alunos e a escola no mundo tecnológico, estava ainda em andamento.
Trabalhar na perspectiva libertadora, conforme afirmou Freire (1984, p. 35), onde a “pesquisa, como ato de conhecimento, tem como sujeitos cognoscentes, de um lado, os pesquisadores profissionais; de outro os grupos populares e, como objeto a ser desvelado, a realidade concreta”, constitui-se num desafio para nós e aceitando este percebi que as observações que realizei foram instrumentos para coletar dados importantes da metodologia que adotei. ( pequena parte de meu TCC)
E assim, como pesquisadora participante deste processo neste momento estou em fase final na análise dos dados de meu TCC, que como caminhos teve observações e questionários para evidenciar minha apredizagem de professora pesquisadora de sua ação.
Algumas questões sobre a metodologia que aprendi a parte teórica:
Acredito que depois destes momentos vivenciados no estágio de forma tão prazerosa tenha sido o início da vontade de pesquisar sobre este assunto. Comecei então a realizar observações em minhas aulas, em conversas com outros alunos da Escola, e nas falas de meus colegas quando estes se referiam ao tema. Iniciei então anotações sobre tudo que ouvia. Estava vendo as mudanças que minha prática de estágio causava na escola.
Iniciou se um caminho de uma pesquisa participante que segundo Demo (2000, p.21), esta “é ligada à práxis, ou seja, á prática histórica em termos de usar conhecimento científico para fins explícitos de intervenção; nesse sentido, não esconde sua ideologia, sem com isso necessariamente perder de vista o rigor metodológico”. Desta forma pude observar e ao mesmo tempo intervir na realidade circundante e assim provocar situações de mudanças, pois meu objetivo de estágio, de incluir meus alunos e a escola no mundo tecnológico, estava ainda em andamento.
Trabalhar na perspectiva libertadora, conforme afirmou Freire (1984, p. 35), onde a “pesquisa, como ato de conhecimento, tem como sujeitos cognoscentes, de um lado, os pesquisadores profissionais; de outro os grupos populares e, como objeto a ser desvelado, a realidade concreta”, constitui-se num desafio para nós e aceitando este percebi que as observações que realizei foram instrumentos para coletar dados importantes da metodologia que adotei. ( pequena parte de meu TCC)
E assim, como pesquisadora participante deste processo neste momento estou em fase final na análise dos dados de meu TCC, que como caminhos teve observações e questionários para evidenciar minha apredizagem de professora pesquisadora de sua ação.
WWW.TRILHADOCAMINHO_DAESCOLANAERADIGITAL.COM
COM O LOGIN NOSSO PRIMEIRO PASSO
Tudo começou com uma atividade de prática docente como estagiária do 8º semestre do curso de Pedagogia – Licenciatura – e, as reflexões sobre esta atividade. Para o estágio foi elaborado um Projeto e desenvolvido em uma turma de 5ª ano do ensino fundamental de nove anos, turma 56, da Escola Municipal na periferia do município de Gravataí. Os dados referentes à Escola e turma já foram citados antes.
Um dos objetivos do projeto foi Incluir os alunos e a Escola no mundo tecnológico. Muitas incertezas tive ao elaborar este objetivo, pois como diversificar as atividades e atingir as diversas áreas do conhecimento necessários dentro do currículo desta série e com o uso de tecnologia como recurso pedagógico, sendo que a Escola não possui um Laboratório de Informática ativo? Não desisti facilmente e norteada pelas palavras de Freire: “A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo.” (FREIRE, 1996, p.24) almejei que minha prática não ficasse apenas nas palavras, pois o pensar e o fazer diferenciado são de suma importância na construção de uma ação pedagógica onde professor e alunos construirão a aprendizagem.
Com todas estas mudanças proporcionadas pela inclusão de minha turma no mundo tecnológico surgiu o interesse por esta pesquisa que apresento a Tecnologia como perspectiva e as diferentes mídias fazendo parte do processo de inclusão em minha escola Realizando uma análise mais profunda sobre estas mídias nas relações dos profissionais e alunos no processo de ensino e aprendizagem. Perguntas que ficaram no meu pensamento quanto a este assunto:
Como as TICS podem auxiliar na proposta pedagógica da Escola?
Como incluir os meus colegas professores digitalmente?
Será que os colegas vão utilizar esta tecnologia como recurso para sua área, ou só por levar os alunos para passar o tempo?
Como programar aulas com um laboratório de informática bem equipado?
Estas aos poucos serão respondidas e o importante é ressaltar que estes foram os primeiros passos para a inclusão digital de minha Escola. e destas questões surge a questão norteadora a ser respondida : “Quais os efeitos do uso de Tecnologia em uma escola da periferia de Gravataí?”.
Tudo começou com uma atividade de prática docente como estagiária do 8º semestre do curso de Pedagogia – Licenciatura – e, as reflexões sobre esta atividade. Para o estágio foi elaborado um Projeto e desenvolvido em uma turma de 5ª ano do ensino fundamental de nove anos, turma 56, da Escola Municipal na periferia do município de Gravataí. Os dados referentes à Escola e turma já foram citados antes.
Um dos objetivos do projeto foi Incluir os alunos e a Escola no mundo tecnológico. Muitas incertezas tive ao elaborar este objetivo, pois como diversificar as atividades e atingir as diversas áreas do conhecimento necessários dentro do currículo desta série e com o uso de tecnologia como recurso pedagógico, sendo que a Escola não possui um Laboratório de Informática ativo? Não desisti facilmente e norteada pelas palavras de Freire: “A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo.” (FREIRE, 1996, p.24) almejei que minha prática não ficasse apenas nas palavras, pois o pensar e o fazer diferenciado são de suma importância na construção de uma ação pedagógica onde professor e alunos construirão a aprendizagem.
Com todas estas mudanças proporcionadas pela inclusão de minha turma no mundo tecnológico surgiu o interesse por esta pesquisa que apresento a Tecnologia como perspectiva e as diferentes mídias fazendo parte do processo de inclusão em minha escola Realizando uma análise mais profunda sobre estas mídias nas relações dos profissionais e alunos no processo de ensino e aprendizagem. Perguntas que ficaram no meu pensamento quanto a este assunto:
Como as TICS podem auxiliar na proposta pedagógica da Escola?
Como incluir os meus colegas professores digitalmente?
Será que os colegas vão utilizar esta tecnologia como recurso para sua área, ou só por levar os alunos para passar o tempo?
Como programar aulas com um laboratório de informática bem equipado?
Estas aos poucos serão respondidas e o importante é ressaltar que estes foram os primeiros passos para a inclusão digital de minha Escola. e destas questões surge a questão norteadora a ser respondida : “Quais os efeitos do uso de Tecnologia em uma escola da periferia de Gravataí?”.
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